No passado dia 5 deste mês de junho a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, com sede em Bilbao, Espanha, comemorou o seu 25º aniversário.Embora algumas das personalidades anunciadas, nomeadamente Filipe VI de Espanha e a Comissária do Emprego acabassem por não marcar presença as comemorações tiveram a participação de representantes dos empregadores e dos trabalhadores, da Comissão Europeia e do governo de Espanha.Estiveram também representantes dos Pontos Focais nacionais que constituem uma rede poderosa de base da Agência e que são efectivamente um dos pilares do seu sucesso nestes anos de vida.
É inegável que no campo da informação em segurança e saúde no trabalho existe um tempo antes e depois desta Agência.Não apenas no domínio da informação mas também na investigação e sensibilização, para além de inúmeros instrumentos informáticos de apoio à avalição de riscos e de gestão dos mesmos.
As comemorações em Bilbao reflectiram este sucesso da Agência nestes vinte e cinco anos.Todavia os debates ali ocorridos foram pouco críticos relativamente ás actuais politicas ou falta de políticas da Comissão Europeia no domínio da prevenção dos riscos profissionais e da promoção da saúde dos trabalhadores.
Houve demasiada auto glorificação e pouco sentido crítico da situação actual de inércia e de cumplicidade com os interesses das empresas.Algumas centenas de participantes, a maioria pessoas ligadas a esta entidade europeia,manifestaram um sentimento de que estava tudo bem .Apenas o representante sindical da CES chamou os participantes a terreno por alguns minutos quando lembrou que na UE ocorriam mais de três milhões de acidentes de trabalho dos quais mais de 4000 foram mortais, para além das 100 mil mortes por exposição a produtos cancerígenos.
Parece que esta crua realidade não interessa muito desde que se continue o trabalho de informação e de sensibilização.Esta falta de espirito crítico nas instituições europeias poderá ser compreensível nos funcionários,assessores e consultores,nunca poderá, no entanto, faltar aos sindicalistas, aos representantes dos trabalhadores!
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