
A
CES não é bem uma confederação sindical, mas antes uma plataforma de sindicatos
que pretendem colaborar e articular ações e reivindicações perante as
instituições comunitárias.O seu grande risco é tornar-se em definitivo em mais
uma instituição comunitária que dá o seu parecer às orientações da Comissão,ou
um portavoz cada vez mais frágil junto das mesmas instituições.
Perante
a força do lobismo empresarial e financeiro na União e a emergência de um capitalismo
de plataforma que pretende reduzir os trabalhadores a escravos a CES tem que
reformular a sua estratégia colocando-se
mais claramente numa perspectiva de luta, apoiando e estimulando as lutas
nacionais, sectoriais e globais desencadeadas pelos trabalhadores.Mais do que
uma superestrutura sindical a CES tem que se transformar num grande movimento
dos trabalhadores europeus articulado com com outros movimentos sociais.
A
CES tem vários inimigos no seu interior, nomeadamente os nacionalismos, os
compromissos com a pespectiva neo liberal, a partidarização das grandes
famílias políticas.Mas os desafios são igualmente grandes com destaque para a
digitalização da economia,para a indiferença de muitos jovens pela organização
sindical, pela perspectiva de um capitalismo que pretende liquidar o poder e
participação dos trabalhadores nas sociedades.
Não
podemos assim deitar fora uma organização que foi construída com tanto esforço,
tanta negociação ,tanta esperança.A CES, apesar de todas as deficiências é
fruto do sindicalismo europeu, da luta dos trabalhadores europeus.Neste XIVº
Congresso viva a CES!
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