
Portanto o eventual governo PS já sabe com
que pode contar nos próximos meses.Com um cerco monumental em toda a linha
visando eleições a curto prazo e a manutenção das políticas de austeridade na
Europa! Todavia, a União Europeia está numa situação de tal gravidade que não
se pode dar ao luxo de abrir mais uma guerra, agora com Portugal e em dezembro
com a Espanha! Tem o problema dos refugiados, do terrorismo e de um crescimento
económico nada interessante.
Neste quadro as organizações de
trabalhadores estão numa situação difícil. CGTP e UGT vão ter que lutar pelos
interesses dos trabalhadores num quadro complexo e de cerco às suas pretensões.
Salário mínimo? Vai dar luta! Todos os que vivem bem e que não sabem o que é a
pobreza, e até a miséria, vão combater contra essa ideia, para eles,
destruidora da competitividade! Recuperação salarial na Função Pública? Não,
por causa do déficit e das imposições de Bruxelas! Rever os escalões do IRS e
dar mais folga aos trabalhadores de rendimentos médios? Nem pensar porque o
Estado ficará sem impostos!
Ou seja, nada de políticas favoráveis a
quem trabalha! Baixar IRC e o IVA, já serão medidas positivas, bem como
facilitar a vida aos investidores, ou seja, ao pessoal do dinheiro, dando toda
a corda à Banca, pobrezinha, à EDP, aos Correios e aos transportes
privatizados, bem como aos grupos das telecomunicações e multinacionais!
Não contem, obviamente, com a complacência
das organizações dos trabalhadores. Neste cerco há que montar um contra- cerco,
um espaço de respiração e liberdade! Se é preciso gritar os trabalhadores
também sabem gritar! Numa democracia não há párias, excluídos só porque não seguem
o pensamento dominante, a «verdade absolutizada»!
Um eventual governo PS é apoiado por
acordos frágeis? É verdade! Os acordos são frágeis no papel! Tal não significa
que venhamos a ter um governo fraco!
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