
Como a maioria das empresas já não tem organização sindical ou outra os
trabalhadores estão numa situação de absoluta vulnerabilidade, atomizados, cada
um por si, submetidos a todas as pressões e ilegalidades.
Por sua vez, a maioria dos atuais modelos de gestão consideram o sindicato
um inimigo, um concorrente da sua autoridade. A gestão também é frequentemente
confrontada com fortes pressões dos acionistas e investidores para aumentarem a
produtividade, vencerem a concorrência custe o que custar. Processos de
despedimento coletivo são cada vez mais frequentes nas grandes empresas. Nas
pequenas e médias empresas utiliza-se mais o assédio moral, a violência verbal,
o contrato a prazo, o falso recibo verde! É toda uma velha cultura laboral que
desmotiva, é selvagem e gera instabilidade e doença física e mental.
Assim, os trabalhadores terão que reconstruir organizações que os defendam,
quer sejam sindicais ou outras! É verdade que hoje os trabalhadores mais jovens
têm mais poder porque têm mais formação e educação e dominam em geral as
tecnologias. Mas, não tenham ilusões! Esse poder individual não chega! Essas
são ferramentas que se vão tornar normais, vulgares! Há que construir
ferramentas coletivas, autónomas, cultas e flexíveis!
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