sexta-feira, 23 de maio de 2014

QUEM SOFRE DE STRESSE É UM FRACO?

Segundo alguns estudos, nomeadamente da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, revelam que 50 a 60% de todos os dias de trabalho perdido podem ser atribuídos ao stresse relacionado com o trabalho. Por outro lado, 28% dos europeus sentem que a exposição a riscos psicossociais afetam o seu bem -estar mental.
Relativamente às causas 72% dos trabalhadores consideram que a reorganização do trabalho ou a insegurança no emprego constituem as principais causas do stresse laboral. Metade dos patrões e gestores europeus respondem em alguns inquéritos que não acreditam que os seus trabalhadores tenham ou venham a ter problemas de stresse e que o problema é muito difícil de gerir. Ora, antes de mais há que combater a ideia muito enraizada, ainda hoje, nos patrões e dirigentes de que o trabalhador ou trabalhadora que se queixa de stresse é um fraco.
Há gestores e dirigentes que, até terem a primeira quebra, pensam que o mundo é para os fortes. Recentemente vi um anúncio num jornal par diretor comercial que colocava como uma das condições«uma forte motivação e capacidade de resistência ao stresse»
O stresse é visto como uma debilidade psicológica que afeta apenas pessoas moles, sem objetivos e com problemas em casa! Nada mais errado!
 O stresse pode afetar qualquer pessoa, nomeadamente os mais guerreiros e os que pensam que enfrentam todos os obstáculos. De facto, o stresse laboral é uma questão organizacional e não individual, embora possam existir características pessoais que facilitem a situação. Neste sentido é importante estudar, através de uma avaliação de riscos, a organização da empresa ou dos serviços e adotar um plano de prevenção.
Os trabalhadores afetados não devem esconder a situação com receio de que sejam considerados pessoas fracas. Reconhecer a situação e procurar as causas é uma medida de coragem. Aliás, estas situações nunca poderão ser resolvidas de forma solitária. As organizações de trabalhadores existentes nas empresas devem dar uma atenção progressiva aos riscos psicossociais!

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