A actual crise política vem reforçar no nosso País a crise económica e social que se vinha acentuando nos últimos meses chegando a algo terrível que são os cortes salariais de quem trabalha na Função Pública e a perspectivas negras quanto ao futuro de Portugal!
Cabe perguntar:por acaso esta crise política vem beneficiar os trabalhadores portugueses?Resolveu ela o problema da nossa estagnação económica, deu ela alguma esperança a quem trabalha , aos cidadãos que vivem do seu trabalho diário?Não ,pelo contrário,a situação está a tornar-se numa ameaça para quem trabalha, com o FMI brevemente a ditar os cortes sociais e salariais, a impor os despedimentos e a precariedade.
Com toda a franqueza não vejo que a destituição de um governo (que já estava a aplicar a receita da austeridade europeia) venha permitir um salto no sentido de abrir uma porta para um caminho de inverter a situação!Será que umas conversas à esquerda darão alguma coisa?É isso algum projecto político sério?
Derrubar um governo sem ter uma alternativa capaz de dar esperança de melhores dias e de alterar eventualmente a relação de forças mais favoráveis aos trabalhadores não é sério!
Mas a nossa situação está altamente complicada.
O PS, o principal partido da esquerda portuguesa continua disponível para aplicar a receita da austeridade proposta por Bruxelas.Será que tem alguma capacidade de negociação nos próximos tempos exigindo que Portugal tem direito a um futuro?Tem direito ao crescimento e ao emprego?O Congresso do PS anuncia mais do mesmo...
Caso o PSD ganhe as eleições já sabemos qual vai ser a receita:uma gestão da crise altamente penalizante para quem trabalha e, em especial, para os trabalhadores do Estado ,esse grupo social de certo modo diabolizado por uma parte da sociedade portuguesa, em particular pelos que não pagam impostos nem pagam para a segurança social!
O capital privado terá o seu regabofe!Já estavam a ganhar e vão aumentar os seus ganhos!Mas, atenção, uma sociedade funciona como uma panela de pressão...se esta for muita, para além dos limites o caldo pode entornar-se!
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