
Esperam ansiosos pelo papel do vinho do Porto(benefício).São mais de 40 mil os pequenos viticultores do Douro que todos os anos contam com este dinheiro para o governo da casa e para tratar as vinhas.
Para chegarem às vindimas tiveram que sofrer desde a poda no outono-inverno até ao corte da uva, pasando pelos trabalhosos meses da primavera-verão quando se faz a sulfatação.A cultura da videira não dá descanso ao agricultor.É todo um ciclo vegetativo que se confunde com o nosso ciclo da vida.Quando na Primavera rebentam as primeiras videiras também o agricultor, por mais velho que seja, sente nele brotar nova vida.Vida que se refaz todos os anos numa espiral que só a morte interrompe!
Por isso o viticultor duriense tem dificuldades em perceber a linguagem dos economistas e comerciantes, irrita-se com os malabarismos políticos, com as guerras entre produção e comércio.Guerras que servem em geral para distribuir o bolo pelos mesmos de sempre.
De quando em vez descem a Lisboa numa espécie de romaria.De longe em longe desafiam o poder.Tudo muito efémero e sem consequências de maior.
Os pequenos agricultores do Douro nunca foram capazes de definir os seus interesses próprios e constituir uma organização capaz para se defenderem.O seu peso relativo subsiste apenas nas adegas cooperativas.Estas, porém estão afogadas de dívidas à banca.Banca que se apodera das maiores quintas da Região e define a política para a a mesma!
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