Quem não se enternece com uma menina que
decide fazer greve às aulas para afirmar simbólicamente o fim do mundo?
Não será a primeira vez que a verdade e a
salvação é anunciada por uma criança , a imagem radical do anti herói.Na tradição
do judaismo-cristianismo temos a imagem do menino Messias, do próprio Jesus de
Nazaré, para não falar do próprio século XX onde tivemos vários anti heróis, embora não
meninos, com uma força tremenda como Ghandi e Luther King.Estamos fartos de ver filmes onde é anunciada
uma criança que comporta consigo a verdade, a salvação ,a sobrevivência da
especie humana perante o terror, a destruição, enfim, o mal.
Greta Thunberg, na sua fragilidade e
precariedade, comporta consigo a verdade do destino do nosso planeta, caso não
se mude de vida e se continue fiel ao roteiro traçado pelo capitalismo das
grandes corporações multinacionais.Um capitalismo cego à realidade e ao futuro
dos humanos, explorador dos recursos de
forma não sustentável e produtor de uma cultura consumista, de competição
desenfreada e predadora.
A força da pequena Greta é essa verdade que a
transforma em heroina dos nossos tempos.Uma heroina desamparada e frágil,
apenas com o poder da palavra e com a qual muitos se identificam.
Claro que já temos os detratores da criança e
da sua mensagem.Uns inventam calúnias e dizem-na marionete de obscuros
interesses;outros não gostam da maneira como ela fala aos adultos ou dos
adultos;outros consideram que ela é uma exagerada; outros ainda consideram que
uma mensagem tão importante não é para ser falada por uma criança sem
conhecimentos científicos bem provados nos laboratórios das universidades.No
fundo querem matar o mensageiro para matar a mensagem .
Mas podem dizer tudo e fazer tudo à pequena
Greta só que não conseguem matar a verdade que já é evidente para todos.Tal
como a Inquisição ao condenar Galileu
não destruiu a verdade que a terra rodava á volta do sol também os
detratores da criança Greta não matam a verdade que é cristalina:se não mudarmos
de sistema e de vida teremos tempos ainda mais complicados e trágicos para os
humanos, em particular para os mais pobres, mas, a prazo, para todos.
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