Este sentimento é hoje partilhado por muitos portugueses, em particular os mais pobres e fragilizados. Sentem que homens e mulheres sem rosto, as comissões de peritos dos ministerios, lhes tiram os centros de saúde, as escolas, as urgências! Sentem que o Estado é propriedade de alguns e que está a ser canibalizado e destruído, tratado como inimigo a abater sendo acusado de ser um malfeitor!
Os próprios funcionários públicos são minimizados e tratados como parasitas, como um empecilho e não como pessoas ao serviço de outras pessoas. As reestruturações dos serviços são atabalhoadas, algumas chefias substituídas tarde e a más horas, reina a desmotivação entre os trabalhadores da função pública! As escolas e unidades de saúde estão numa confusão e sofrem um bombardeamento paranoico de medidas constantes visando os cortes nas despesas, chegando-se ao cúmulo de contratar enfermeiros e médicos á hora!
Perante esta situação o maior problema é não sabermos o que vem a seguir. Aquando a derrocada do estado fascista todos sabíamos o que queríamos fazer. Embora com algumas diferenças ideológicas, relativamente ao modelo de sociedade, a maioria dos portugueses queria um Estado democrático e social a caminho de uma sociedade próspera, livre e solidária!
É assim absolutamente necessário definir objetivos de luta que não sejam mera resistência ao esboroar do estado democrático e social. É necessário definir novos objetivos de luta que salvem a democracia e o empobrecimento acentuado do país e o alargar do fosso das desigualdades! A direita ultra viu no programa da Troika e neste governo a grande oportunidade de dar a volta ao país! A austeridade como politica e ideologia seria um dos instrumentos. Esta política está a ser derrotada! Porém, são necessárias alternativas! Para se lutar é preciso ter esperança!
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