quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

MEMÓRIAS!


«O ano de 1918 é determinante para o movimento operário.Sob o exemplo da revolução russa e tendo nos primeiros meses ficado esclarecido o carácter do sidonismo,cujas promessas de 1917 logo foram substituídas pela repressão, o movimento operário lança-se na preparação da greve geral que haveria de culminar a luta de massas populares contra a carestia de vida, o açambarcamento e a especulação.

Era contudo manifesta a debilidade do movimento operário se o considerarmos em relação com a totalidade das massas trabalhadoras e se tivermos na devida conta a fluidez e desconexão das suas estruturas organizadas.Adiada algumas vezes a greve geral ,que muitos dirigentes queriam que tivesse um carácter revolucionário, veio a ser marcada para Novembro de 1918...

Em 1919 três acontecimentos no quadro do movimento operário português vão revestir-se também de acentuada importancia.O aparecimento de A Batalha, diário sindicalista mais tarde órgão da CGT que rapidamente atinge 20.000 exemplares por dia e conquistará influência que largamente ultrapassará os sectores sindicalizados e as estruturas do movimento operário; a realização em Setembro do mesmo ano do Congresso operário de Coimbra donde surgirá a Confederação Geral do Trabalho e a publicação de A Bandeira Vermelha ligado á Federação Maximalista Portuguesa que procurando manter as ligações ao movimento sindical e operário «tradicional» vem colocar problemas novos á organização operária portuguesa»
In «O Movimento Sindical português-A primeira cisão» de César Oliveira

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