quarta-feira, 26 de agosto de 2009

GREVES EM PORTUGAL!


Segundo informações do Ministério do Trabalho foram apuradas no ano de 2007,Continente e regiões Autónomas),99 greves no sector privado(menos 56 que em 2006 e menos 27 do que em 2005) a que aderiram 29164 trabalhadores dando origem a uma perda de 29851 dias de trabalho.

A maioria das greves ocorreu nas «indústrias transformadoras»(44) e nos «transportes, armazenagem e comunicações»(33), tendo em termos relativos a adesão sido maior na segunda destas actividades económicas onde 64 trabalhadores em cada 1000 fizeram greve.
Geograficamente Lisboa foi o distrito onde mais trabalhadores fizeram greve e mais dias de trabalho se perderam.Mas foi em Setúbal onde mais trabalhadores aderiram às greves.
Neste mesmo ano 72,3% das reivindicações foram recusadas e as questões salariais(40,1%) e as condições de trabalho (34,8%) foram as principais razões que levaram os trabalhadores a fazer greve.
Metade das greves(52,9%) ocorreram nas empresas de 1000 e mais pessoas.

Estes dados referem apenas as greves de empresas e de pluriempresa e não contabilizam a Greve Geral de 30 de Maio de 2007.
Note-se que nesta altura,embora os conflitos com os professores ainda não tinham estalado com toda a sua força, a reforma da Função Pública estava em marcha,bem como as mudanças na legislação laboral!Foi um ano em que a CGTP convocou uma greve geral!
Será necessário comparar os dados com os aos de 2008 e 2009 que ainda não estão publicados!

Todavia, poder-se -a estimar, talvez, que as greves não são hoje as principais formas de conflito laboral no sector privado.Por um lado porque a maioria das reivindicações são recusadas como se viu acima e, por outro, porque hoje é extremamente arriscado fazer greve em empresas pequenas e médias.
Portugal continua, assim, a ser o país do sul da Europa com menor número de greves.Aliás, a maioria (70%) são greves que duram de 1 a 5 dias.Existem, todavia, outros conflitos laborais e sociais.A insatisfação (revolta) manifesta-se, por exemplo, na rua ou em acções simbólicas e de "guerrilha social".

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