segunda-feira, 1 de setembro de 2008

QUE FUTURO?


Somente na região do Tâmega e do Sousa há mais de 1400 empresas de têxtil, vestuário e calçado que empregam mais de 34 mil pessoas. A precariedade laboral está, no entanto, a aumentar e a preocupar o sindicato do sector.

"O Sindicato dos Trabalhadores dos Sectores Têxteis, Vestuário, Calçado e Curtumes do Distrito do Porto (Sintevecc) analisou a indústria do têxtil, vestuário e calçado nos concelhos de Amarante, Baião, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Penafiel e Paredes, e concluiu que a maior parte das empresas não cumpre o que está no Contrato Colectivo de Trabalho (CCT), assinado em 2006.Entre as conclusões do trabalho, intitulado "Caracterização das Relações Laborais e da Fileira das ITVC na Região do Tâmega e do Sousa", sobressaem os salários praticados. Há trabalhadores a receber menos que o salário mínimo nacional (SMN) e 26% dos trabalhadores inquiridos ganham apenas o SMN."Nesta região existem trabalhadores profissionais qualificados e com categoria reconhecida, em todos os sectores excepto na cordoaria, que não auferem o salário legal livremente negociado com as associações patronais e nem sequer recebem o salário mínimo nacional", salienta o estudo.

Este cenário é mais preocupante no sub-sector do vestuário, onde 73% dos trabalhadores ganha o SMN. No têxtil, esta percentagem é de 15% e no calçado de 10%.Os salários são uma de várias preocupações. Foram, também, detectadas falhas graves no paga-' mento de trabalho suplementar, nas normas de marcação de férias e nas condições de saúde, higiene e segurança no trabalho...."(Jornal de Notícias,31-08-2008)

Mais do que nunca exige-se uma tomada de consciencia política sobre esta situação.Trabalho digno e de qualidade é uma reivindição central deste início do século XXI para as organizações sociais e politicas.

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