sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

QUE VIDA É ESTA,AMIGO ou quem lucra com a desvalorização do trabalho!

 Um dos aspetos mais relevantes da ideologia do capitalismo é, na opinião de muitos,a desvalorização do trabalho,tornando o trabalhador um objeto descartável e uma «não pessoa».Diria mesmo que esta dmensão do capitalismo o torna semelhante ao esclavagismo.

Na busca do máximo lucro capitalismo desenvolveu uma estratégia de precarização que, levada ao extremo,anula os direitos sociais e humanos dos trabalhadores tornando-os em objectos progressivamente substituíveis por máquinas ou por elas controlados.

A idelogia gestionária que cresce e se alimenta em inúmeras revistas e universidades divulga manuais, artigos e outros documentos que falam na felicidade dos trabalhadores na gíria deles  os«colaboradores».Falam muito do saudável ambiente de trabalho, da importância do bem estar no trabalho , de que as novas gerações são muito sensíveis às condições de trabalho e à autonomia.

O objetivo é retirar o maior rendimento dos trabalhadores

No entanto a pespetiva destes gestionários ao serviço dos acionistas é quase sempre numa perspetiva economiscista, de retirar o melhor rendimento dos trabalhadores!Melhorar a produtividade e, sendo necessário, mandam os direitos às urtigas.Introduzem as novas tecnologias dizendo que é para facilitar a vida dos colaboradores mas estes confrontam-se com novas máquinas ditas inteligentes que retiram a autonomia e aumentam a intensificação do trabalho! Acontece com a integração da Inteligência artificial,algoritmos e robots nomeadamente, para melhor vigiarem a rentabilidade do trabalho e o próprio trabalhador.

Cresce em alguns setores o stresse crónico, o assédio e o bournout.Ouvimos e lemos várias estatisticas,inquéritos e estudos com destaque para as Agências europeisas e OIT;notícias e reportagens nos media revelando que alguns lugares como a universidade e o desporto afinal são antros de assédio moral e sexual!

Ouvimos trabalhadores de grandes multinacionais queixarem-se dos ritmos de trabalho, da produção por turnos de noite e dia,da rotação do pessoal, da confusão de papéis e funções, de chefias que exigem objetivos pouco realistas!

Ouvimos trabalhadores dos serviços públicos com cinquenta anos a suspirarem pela reforma, dada a confusão e desvalorização das carreiras, dos concursos que não se fazem, de avaliações surreais!

Podemos concluir que nas últimas décadas ocorre uma monumental desvalorização do trabalho e dos trabalhadores como estratégia empresarial para reduzir os custos e aumentar os lucros,para reduzir os custos com pessoal no serviços públicos!A introdução da gestão privada, como ideologia, nos serviços públicos lançou a confusão e criou mais complexidade numa estrutura do estado que tem duzentos anos!

Nessa desvalorização organizada como estratégia e como ideologia encontramos como elemento importante-  a não valorização e o não investimento na promoção da segurança e saúde dos trabalhadores de que falaremos noutra ocasiã

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