Um dos aspetos mais relevantes da ideologia do capitalismo é, na opinião de muitos,a desvalorização do trabalho,tornando o trabalhador um objeto descartável e uma «não pessoa».Diria mesmo que esta dmensão do capitalismo o torna semelhante ao esclavagismo.
Na busca do máximo lucro capitalismo desenvolveu uma estratégia de precarização que, levada ao extremo,anula os direitos sociais e humanos dos trabalhadores tornando-os em objectos progressivamente substituíveis por máquinas ou por elas controlados.A idelogia
gestionária que cresce e se alimenta em inúmeras revistas e universidades
divulga manuais, artigos e outros documentos que falam na felicidade dos trabalhadores
na gíria deles os«colaboradores».Falam
muito do saudável ambiente de trabalho, da importância do bem estar no trabalho
, de que as novas gerações são muito sensíveis às condições de trabalho e à
autonomia.
O objetivo é retirar o maior rendimento dos trabalhadores
No entanto a
pespetiva destes gestionários ao serviço dos acionistas é quase sempre numa
perspetiva economiscista, de retirar o melhor rendimento dos trabalhadores!Melhorar
a produtividade e, sendo necessário, mandam os direitos às urtigas.Introduzem as
novas tecnologias dizendo que é para facilitar a vida dos colaboradores mas
estes confrontam-se com novas máquinas ditas inteligentes que retiram a
autonomia e aumentam a intensificação do trabalho! Acontece com a integração da
Inteligência artificial,algoritmos e robots nomeadamente, para melhor vigiarem a
rentabilidade do trabalho e o próprio trabalhador.
Cresce em alguns
setores o stresse crónico, o assédio e o bournout.Ouvimos e lemos várias
estatisticas,inquéritos e estudos com destaque para as Agências europeisas e OIT;notícias
e reportagens nos media revelando que alguns lugares como a universidade e o
desporto afinal são antros de assédio moral e sexual!
Ouvimos
trabalhadores de grandes multinacionais queixarem-se dos ritmos de trabalho, da
produção por turnos de noite e dia,da rotação do pessoal, da confusão de papéis
e funções, de chefias que exigem objetivos pouco realistas!
Ouvimos
trabalhadores dos serviços públicos com cinquenta anos a suspirarem pela
reforma, dada a confusão e desvalorização das carreiras, dos concursos que não
se fazem, de avaliações surreais!
Podemos concluir
que nas últimas décadas ocorre uma monumental desvalorização do trabalho e dos
trabalhadores como estratégia empresarial para reduzir os custos e aumentar os
lucros,para reduzir os custos com pessoal no serviços públicos!A introdução da
gestão privada, como ideologia, nos serviços públicos lançou a confusão e
criou mais complexidade numa estrutura do estado que tem duzentos anos!
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