quarta-feira, 16 de novembro de 2011

VIOLENCIA SOBRE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE! Situação portuguesa!

O presente relatório, baseado nos formulários entrados na DGS via on-line, no ano de 2010, reflete a diversidade das situações e realidade em que os profissionais de saúde exercem as suas funções, encontrando-se, assim, sujeitos à violência oriunda quer dos utentes/famílias que recorrem aos serviços de saúde, quer dos parceiros e funcionários das instituições.



«....Após o tratamento dos dados, verifica-se que:


a) existe uma diminuição das ocorrências de violência, o que se pode dever a iniciativas

locais conducentes à melhoria da qualidade dos serviços, prevenindo e diminuindo as

situações de violência ou, por outro lado, diminuição do reporte de casos.

b) o maior número de episódios de violência ocorre nos hospitais e, com menos

frequência nos centros de saúde, possivelmente por neles existirem maior número de

profissionais de saúde e por se encontrarem nas urgências hospitalares maior

percentagem de situação agudas.

c) nos hospitais, os serviços de internamento de psiquiatria e urgência correspondem ao

locais onde ocorrem maior número de situações de violência, à semelhança do que

acontece noutros países (Gascon et al., 2009) e em relatórios anteriores. Pode existir

uma relação com estes locais de ocorrência devido à condição psíquica do doente, no

caso da psiquiatria e quanto à urgência, por ser uma das portas de entrada para o SNS;

d) em todas as regiões de saúde, as vítimas predominantes são os enfermeiros e os

médicos;

e) a vítima é, geralmente, do sexo feminino com idade compreendida entre os 30 a 49
anos;

f) os tipos de violência com maior expressão são a injúria, violência física e

discriminação/ameaça;

g) o agressor é, frequentemente, o doente/utente/cliente, do sexo masculino e com idade

compreendida entre os 40-59 anos;

h) a maioria das vítimas revelou-se muito insatisfeita perante a forma como a instituição

geriu os episódios de violência, considerando em 50% dos casos que esses episódios

poderiam ter sido prevenidos e reconhecendo, em igual proporção, que os atos de

violência contra os profissionais de saúde na instituição em causa são habituais.
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