quinta-feira, 11 de novembro de 2010

GROUNDFORCE, NOVO ALARME!


O que se está passar com os despedimentos na Groundforce não é um caso isolado.Os media falam todos os dias dos «mercados» e das taxas de juro da dívida mas menos dos salários em atraso e dos despedimento colectivos!Estamos a passar por uma nova onda de despedimentos e infracções, algumas criminais, nas empresas!


O Ministério do Trabalho e o Ministério da Economia não podem apenas verificar se os despedimentos não são realizados segundo o que determina o Código do Trabalho!Há que ver se as empresas estão efectivamente em tão má situação para ter que despedir!

O despedimento colectivo não pode ser um frio acto de gestão para eventualmente substituir trabalhadores com vínculo permanente agora, para depois recrutar trabalhadores temporários ou a prazo!Não pode ser um acto de gestão para salvar os lucros dos accionistas(também devem pagar a crise!).É um acto que vai mexer com a vida e a sobrevivência das pessoas e suas famílias!Para alguns é o fim do caminho profissional....a seguir é o desemprego e eventualmente a reforma!

Logo, um despedimento colectivo deve ser fundamentado sob ponto de vista económico e social e depois de se estudarem todas as possíveis saídas de sobrevivencia! O direito de propriedade e o capital não se podem assim sobrepor de qualquer forma ao direito á segurança no emprego, ao salário ,á sobreveivencia das pessoas!

Não entendo assim, mais uma vez a posição fria de Helena André, Ministra do Trabalho perante esta situação e outras que acontecem quase todos os dias!Não entendo que ,tendo sido sindicalista, não apresente propostas políticas para proteger todos os desempregados; mais ainda, deve ser mais clara no que respeita a práticas ilegais nas empresas.Os trabalhadores agradecem e as empresas que trabalham na legalidade também agradecem!


NOTA: Empresários do sector têxtil do Norte choram lágimas de crocodilo pela falta de mão de obra!Já não é a primeira vez que dizem isto!Parte da opinião pública pensa que os desempregados são todos preguiçosos!O que pretendem? Que se ofereçam por salários de miséria?Há salários que não chegam para ir trabalhar e colocar uma criança na creche ou na ama, transportes e alimentação para ir trabalhar!!Francamente! Ofereçam salários dignos e não considerem os trabalhadores mera mão de obra, mas sim pessoas informadas nomeadamente sobre os ganhos da empresa, dificuldades ou negócios em curso....não façam da gente um mero custo ou factor de produção!

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