terça-feira, 13 de abril de 2010

OIT ALERTA PARA RISCOS EMERGENTES NO TRABALHO!


Riscos emergentes e novas formas de prevenção num mundo do trabalho em mudança” é o slogan da OIT para as comemorações do DIA 28 de Abril deste ano. O Relatório desta Organização Internacional aborda de forma especial a questão dos riscos novos e emergentes no mundo do trabalho.

Segundo a OIT os novos riscos profissionais podem ser causados pelas inovações técnicas ou mudanças sociais e organizacionais, com destaque para:

-Novas tecnologias e processos de produção como as nanotecnologias e biotecnologias;

-Novas condições de trabalho, cargas de trabalho mais elevadas, intensificação das tarefas, condições de trabalho deficientes devidas ás migrações e economia informal;

-Formas emergentes de emprego como o emprego independente, externalização, contratos temporários;

Efectivamente as nanotecnologias e nanomateriais são hoje um novo e importante desafio para a prevenção e promoção da saúde no trabalho .Prevê-se que até 2020 cerca de 20% de todos os produtos fabricados no mundo sejam realizados graças às nanotecnologias.
Ora, apesar dos progressos alcançados, ainda são pouco conhecidos os riscos inerentes ao fabrico e utilização destes materiais e tecnologias.
Por outro lado, emergem também com grande impacto os riscos ligados à biologia e ás biotecnologias, nomeadamente em sectores como a saúde, agricultura e gestão de resíduos.
Certos riscos biológicos têm hoje um particular impacto social e na saúde das populações e, em particular, em alguns sectores de trabalhadores. Estão neste caso algumas doenças infecciosas emergentes como a gripe H1N1, tuberculose, paludismo e VIH/SIDA.
Os produtos químicos continuam a ser utilizados em grande escala nas nossas sociedades com todas as consequências negativas e positivas para a saúde e para o ambiente. Nos últimos 20 anos a utilização destes produtos em todo o mundo aumentou consideravelmente tornando-se numa preocupação crescente quanto às respectivas consequências , nomeadamente nas ameaças á reprodução com efeitos hormonais, imunitários e no sistema nervoso.
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Finalmente há que considerar as tendências do emprego que estão a mudar nas últimas décadas, contribuindo para a emergência de novos riscos para os trabalhadores. Temos a reorganização do trabalho, o emagrecimento dos efectivos, a subcontratação, a externalização e a economia informal ,entre outros, que têm inevitavelmente repercussões sobre as condições de trabalho. Estas mudanças, associadas a outros factores, têm provocado o aumento dos riscos psicosociais, nomeadamente do stress relacionado com o trabalho.

Os estudos mais recentes têm demonstrado que o stress está na origem de 50 a 60% de dias de trabalho perdidos, sendo considerado como uma das principais causas perturbadoras da saúde na União Europeia, afectando 22% dos trabalhadores.

Perante esta situação a OIT apela a novos esforços no domínio da prevenção e gestão dos riscos profissionais e a uma abordagem multidisciplinar integrada da segurança e saúde no trabalho, tendo como objectivo o bem estar físico, mental e social de todos os trabalhadores de todos os sectores económicos.







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